
Foi a primeira vez que viajei com a capota do carro fechada e a sensação de conforto é enorme dada a boa insonorização. Tão boa que, também pela primeira vez, tive que ligar o rádio para não adormecer.

Floresta virgem que desce abruptamente até ao lago Traunsee, com uns veleiros e um comboio a passar mesmo junto à água; parecendo um cenário de conto de fadas.


No carrocel de curvas que se seguiu, com a estrada molhada, tirei partido do Quattro. Que maravilha, que diversão, pura adrenalina. Aquela sensação tão boa de entrar nas curvas com o carro a escorregar e, quando acelero, ele vai para onde apontei, com a traseira um pouquinho solta. Lá se foi o orçamento para gasolina… mas se não fosse para isto, mais valia ter alugado um Dacia.
Depois de tanta emoção, cheguei a Salzburgo. O meu hotel é do lado novo da cidade e, por isso, fui a pé, atravessei uma das pontes e comecei a ver a cidade de baixo para cima.
Na zona comercial, apinhada de asiáticos que se passeiam de máquina fotográfica e tudo quanto é sacos da Vuitton, Hérmes, Gucci, Prada, Chanel e outras coisas do género, entrei na Red Bull World. Entre todo o merchandising possível e imaginário, o Red Bull RB 7 de… Vettel. Aqui homenageiam-se os desportistas que honraram a equipa e que trouxeram títulos, mesmo quando vão para a equipa adversária; mentalidade desportista.
Depois vi a catedral, e a cripta. Salzburgo foi feita a régua e esquadro, sob a luz do sol e da lua. Por aqui tocou Mozart e era passeio obrigatório dos Imperadores e do Bispado Europeu. Que segredos terá esta cidade escondidos nas suas pedras, tornando-a tão importante ao longo dos séculos?!
Depois foi tempo de subir ao castelo. No funicular pediam 11 euros pela viagem. Ora, eu não ando no Ginásio do Rainha a puxar pelo físico para, quando tiver que escalar uma parede, ter que pagar 11 euros! Foi a pé, subi as escadinhas todas até lá cima; confesso que no final do primeiro lanço já estava arrependido de não ter pago os 11 euros mas não ia dar parte de fraco.
Chegado lá cima, ganhei um prémio: tive o direito a pagar 8 euros para entrar no castelo. Roguei-lhes uma praga!
No castelo, além da vista magnífica, fiquei a conhecer um pouco a história e a importância de Salzburgo ao longo dos séculos. Retive uma data curiosa: 1495. Nesta altura o castelo ainda só tinha sofrido três aumentos, tendo outros tantos depois desta data. Tudo para defender o monte, numa perspectiva meramente bélica.
Pensei que, nessa mesma altura, em Portugal, apenas se pensava em construir barcos e formar marinheiros, com base na ciência, para irem descobrir o mundo e oferecê-lo à Europa. Salve Agostinho da Silva.
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