Antes deste domingo soalheiro foram dias de competição que me trouxeram a vitória na Baja Portalegre 500, no Desafio Polaris ACE.
Em pleno Alto Alentejo, mesmo no alto do seu planalto, além de competir também há que aproveitar o melhor que a terra dá: a paisagem, a gastronomia, a cultura destas gentes.
Também nível gastronómico, a Baja Portalegre 500 é uma autêntica festa: a seguir ao Dakar é a prova mais conceituada no mundo, é a última do campeonato, toda a gente quer participar e são milhares na beira da estrada a ver.
Hoje domingo, já não há festa.
Mas estar em Portalegre e não ir ao Marvão, é uma flor que não floresce.
Uma autêntica cidade está a ser descoberta e está-nos a contar a história dos romanos por volta do ano 45 dC até 166 dC.
O Alentejo é rico nas civilizações que albergou e os templos romanos e as técnicas agriculas e de rega herdadas dos árabes são prova disso. Ali ao lado, em Castelo de Vide, séculos mais tarde, estiveram os Sefarditas, tarnsformados em Cristão Novos.
Em Ammaia podemos observar objectos em metal e em vidro, com um estimável estado de conservação, provando que há 2000 anos atrás as técnicas usadas eram muito avançadas.
No museu observam-se miniaturas de filigrana e botões contando o quotidiano dos habitantes, com uma precisão extrema.
Fiquei maravilhado com estes descendentes de Tubalcain!
A cidade era grande e pode-se passear pelo campo das escavações, com um total de 25 hectares. A algumas ruínas junta-se o melhor que a natureza oferece e o passeio no campo é muito enriquecedor.
Com o sol no alto e uma ave de rapina a estender as suas asas para planar ao sabor do vento, foi hora de subir pelo zigue-zague que vai da Portagem até ao Marvão.
Há sempre um recanto novo, uma sombra, um pouco mais que se vê no horizonte.
Entre casas caiadas e outras que de desfeitas que estão dão um ar romântico à Vila, foi com um sorriso que regressei a casa.
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