sexta-feira, 31 de julho de 2015

31.7.15 - Doha | Singapore

Mais um avião, mais uma viagem longuíssima que nos levou de Doha, no Qatar, a Singapura. Cruzamos o Golfo Pérsico, a Índia, o Índico, andamos às voltas por cima da Malásia até aterrarmos em Singapura.
O voo atrasou devido a problemas no avião ao sairmos de Doha - estava a ver que tinha que ir lá fora empurrar para ele pegar! Devido a isso chegamos a Singapura muito tarde e não vimos nada...
Mas antes, durante o voo, dormi, comi, bebi e vi filmes. Comi um filete de peixe com batatas ao pequeno almoço e foram servindo snacks ao longo do resto do dia. Acompanhei tudo com destilados e fermentados.
Birdman, de Alejandro González Iñárritu, com ‎Michael Keaton, conta a história de um homem desesperado. É uma comédia negra a tender para o drama porque, na realidade, retrata a vida de tanta gente.
Depois vi Fury, com o Brad Pitt. Um filme sobre a Segunda Grande Guerra, em que chorei ao ouvir Logan Lerman a tocar piano para Alicia von Rittberg. Não se conheciam, não falavam a mesma língua mas eram novos e estavam vivos, na guerra. A musica uniu-os e passados minutos faziam amor. A guerra matou-a logo a seguir.
Depois revi American Hustler e Indiana Jones antes de receber o ar húmido e quente de Singapura. 
É uma e meia da manhã e chegamos agora ao hotel. Fomos a um Sake Bar onde uns simpáticos empregados nos serviram sashimi, uma espécie de angúlias e um polvo cru muito pequeno. 
Amanhã passamos o dia em Singapura e às duas da manhã voamos para Sydney.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

30.7.15 - Zurich | Doha

Comprimir malas e, com o grupo todo junto - eu vim de Portugal, a Zio de Espanha, a Carmen de Inglaterra e a Ana e o João já estavam na Suiça - iniciamos a viagem.
Primeiro destino: Doha.
Doha é a meio caminho de Singapura e tivemos que fazer escala na capital do Qatar.
Até lá, num avião "global", cheio de indianos, árabes barbudos, mulheres de burca e turistas ocidentais, passei horas a ver filmes, a comer e a beber.
Comecei com o Sean Penn e Javier Barden em The Gun Man, depois revi o Grand Budapest Hotel e os Simpsons. Entre gin, vinho tinto, conhaque e cerveja, comi uma carne de vaca estufada e arroz de pinhões, mais uma quantidade apreciável de chocolates que a Qatar Airlines ia disponibilizando.
Doha, à noite e vista do ar, é uma cidade de arranha céus iluminados, ao melhor estilo de cidades-estado. Também, estou na terra delas!
8 horas no aeroporto, depois de deambular por entre Bentley, Mclaren e MV Agusta, ter ido a algumas fancy stores e ao loung da Oneworld, já me encontro na porta de embarque do voo com destino a Singapura.
Até já!   

quarta-feira, 29 de julho de 2015

29.7.15 - Porto | Zurich

Dormir pouco, trabalhar muito: deixar tudo pronto na Loba para que 25 dias de ausência do país não se façam sentir.
Fazer a mala, empurrar a roupa lá para dentro. Deixei as barbatanas mas coloquei t-shirts suficientes para tanto tempo. Metade da viagem é com inverno rigoroso. Outra metade é verão tropical.
As máquinas da Liquid Image e os acessórios da Hama, estão nas Monte Campo. Tudo condicionado. Tudo compartimentado.
O Domingos levou-me ao aeroporto e a Agência Paraíso, como sempre, fez um trabalho fantástico. Passados poucos minutos estava no avião, sem antes ter comprado um livro de Tolstoi - Morte de Ivan Ilitch, queria o último de Le Carré mas não tinham - e uma Moleskine verde que irá ser o caderno da viagem.
O voo da TAP para Zurich correu normalmente. Como companheiros de fila tive um casal com muita pinta, simpatiquissimo: ela loura de olhos azuis, suíça; ele açoreano, das Flores, filho de uma angola e com uma grande cabeleira à reggea artist.
Neste momento o Aussie Connection está reunida em St. Gallen: churrasco, Super Bock e Gazela.
A minha mala tem que ser reduzida e vou ter que lavar a roupa a meio da viagem, tenho que comprar uns batons para o trekking e esqueci-me do pijama - sim Mãe! um drama que tenho desde meados dos anos 90, com pijamas comprados em tudo quanto é sítio.
Começou a grande aventura: Austrália aqui vamos nós!

segunda-feira, 27 de julho de 2015

26.7.15 - Oliveira de Azeméis | Cambra de Vouzela | Aldeia de Pena | Oliveira de Azeméis

Domingo de sol e calor. O Team Clássico Racing alcançou mais uma vitória, no Algarve; eu devia estar lá.  Era mais uma aventura... mas a grande aventura australiana começa dentro de dias e não queria que uma aventura caseira colocasse em causa a viagem. Assim fiquei por Oliveira.
Contudo a Multimoto presenteou-me, para este fim-de-semana, com uma Kawasaki Ninja 300, edição aniversário. Linda!
Tracei como destino Castro Daire, terra que não visito desde criança, numa altura em que a viagem para Penedono não contemplava  IP5.
Como deveria estar em competição, levei o Nau de carbono e umas luvas top da Alpinestars, à lá mundial.
Rapidamente cheguei de Oliveira de Azeméis a Albergaria, dando azo à aerodinâmica da moto. Depois foi seguir o encadeado de curvas ao longo do Vouga; numa estrada que já apelidei como estrada da lampreia.
Com o zigue-zague constante, com curvas de baixa e média velocidade, pude testar a excelente ciclistica da Ninja, bastante leve e ágil. Descobri a melhor forma de curvar com esta moto: de joelho no chão; logo eu que nunca pedi ninguém em casamento.
Depois de Cedrim, seguir a uma curva solarenga, várias Famel, V5 e Casal, brilhavam. Um letreiro "vende-se" fazia lembrar outros tempos, os da novidade daquelas motorizadas, tal era o estado de conservação. Entre 700 e 2000 euros, dependendo do estado de recuperação, o dono de um velha oficina entrega as suas motos, com as pinturas e decalques originais, que ele não gosta de modernices.
Depois da simpática conversa, próximo de Oliveira de Frades e da uma da tarde, em vez de seguir pela estrada do Vouga virei para Cambra de Vouzela e fui à Taberna do Lavrador.
Comida típica, feita à frente de todos: morcela, farinheira, chouriço e broa frita de entrada. Arroz de vinha-de-alhos como prato principal e uma malga de tinto de Silgueiros para empurrar. Sobremesa? Já não havia espaço porque a distância entre o banco e o depósito não cresce.
Com o farto repasto a convidar à sesta, o rumo da viagem alterou-se: fui às Termas de S.Pedro do Sul, onde se realizava uma festa medieval. Depois fui calmamente na direcção de Castro Daire.
A meio, a indicação Aldeia de Pena fez-me virar à esquerda e subir ao S.Macário, no extremo este da Serra da Freita. Daí à Aldeia de Pena é sempre a descer por um caminho estreito que outrora deveria ser penoso.
A Aldeia está a ser recuperada, ficando com a sua traça original. A receber-nos um restaurante onde, no seu interior, podemos encontrar artesanato, chouriças e queijos caseiros, cartões dos visitantes. E muitos já lá foram!
Com o sol a pôr-se, segui para Arouca. Ao passar no Portal do Inferno, com as escarpas altíssimas de um lado e do outro, parei a moto e fotografei-a junto ao abismo do mafarrico.
Depois fui calmamente até Arouca e, depois, até casa. Mas antes de chegar à capital da castanha de ovos ainda estive à conversa com um casal de Munique que estava perdido à procura da estrada para a Espiunca. De tão perdidos que estavam que eu quase que também me perdia! 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

19.7.15 - Ilhas Cíes

Já escrevi e re-escrevi esta crónica vezes sem conta.
Já utilizei provérbios populares e achei que era contra todas as regras de bom senso e bom gosto.
Já fiz o pino ou trinta por uma linha, sem sair nenhuma que eu gostasse particularmente.
Julho e não havia sol; com os pingos da chuva a ameaçarem cair.
A visibilidade não era a melhor: eu atrevo-me a dizer que foi o pior mergulho da minha vida; mas a amostra é tão tão reduzida que apenas serve para a piada. Apesar disso vi algas de cores giríssimas, estrelas e pepinos do mar, chocos, sargos, dois salmonetes, budiões; um polvo pequeno largou a sua tinta quando o tentei brincar com ele.
A exemplo do mergulho no Relaxe, não tive problemas a compensar os ouvidos o que me deixou muito satisfeito.
E depois, no final, há tudo aquilo por que vale a pena mergulhar mesmo quando as condições não são as melhores: a amizade.
Obrigado Roças, Sandra, Sara, Paulo, Carlos, Simão, Pedro, Ricardo, Angélica, Teles.
No fim de Agosto voltamos a mergulhar juntos; vocês terão estórias do Mar Vermelho e eu da Grande Barreira de Coral. Estórias que fazem a história do CCD.



segunda-feira, 6 de julho de 2015

4.7.15 - Berlenga

Saindo de Peniche num pequeno barco preparado especificamente para o mergulho, deixamos o forte do lado direito e entramos em mar aberto, em pleno Atlântico, rumando a um dos mais belos lugares de Portugal: a Berlenga.
A vaga era redonda, com metro e meio de altura e o barco saltitava entre as ondas; dando alguma diversão à viagem.
Chegado à Berlenga, fomos direitos ao Primavera - um barco afundado em 1902, carregado de mármore italiano.
A água estava a 17ºC, com excelente visibilidade e, durante 44 minutos, vi a vida que se encontra nas profundezas: Maria da Toca, Marinas, Nudis, Garoupa, Rodovalho, Ruivos, Salemas, Chocos. Tudo numa paz, aparente, tudo vivendo em liberdade na natureza. A 20,1 metros de profundidade, junto à areia e debaixo do que resta do casco do navio, um Safio.
Depois de todas esta actividade foi tempo de vir à superfície, contar as aventuras, trocar as garrafas e voltar a mergulhar.
Desta vez fomos para o spot Relaxe: uma parede junto ao forte de S. João Baptista.
Aqui, além de toda a fauna e flora, dada a baixa profundidade - 9,5 metros - os raios de sol entravam pela água e criavam uma imagem lindíssima das ondas a baterem na rocha.
No final, debaixo de um sol lindo e tendo o mar azul como pano de fundo, observados pelas gaivotas e o corvos marinhos, comemos um farto piquenique, acompanhado de cerveja e muitas estórias que fazem a família do CCD Porto bastante unida. Obrigado por me acolherem entre vocês.

domingo, 5 de julho de 2015

Amizade


Em meados da década de 90 do século passado, ficou célebre uma música do Paulo Gonzo que tinha um refrão que era "ai como é bom assim acordar, com o sol na janela e magia no ar".
Não acordei com o sol na janela e a magia no ar era diferente daquela que o cantor falava na música. Era a magia da amizade.
Directamente da Toscana, recebi uma série de fotografias do Drew, em que figurava o autocolante do blog na sua scooter. Fiquei de sorriso franco, aberto, impossível de conter. Nos pequenos gestos se vêm os grandes amigos. Fantástico!
Agora, contando a história desde o início: como sabem, conheci o Drew e a Chel no Egipto. Foi uma amizade que nasceu no primeiro segundo que nos vimos. O Drew é americano... com todas as costelas portuguesas; a bandeira que me viam empenhar por terras africanas era dele.
Depois de inúmeras aventuras dos Três Mosqueteiros - eu, o Drew e o David, australiano - em cima dos nossos pequenos-pónei, a amizade perdurou. Falamos quase todos os dias, de tudo e de nada.
Quando lancei o Crowdfunding,  o Drew e a Chel foram os primeiros a apoiar a iniciativa e, daí, terem recebido os autocolantes da viagem, um coração especial para eles e inúmeros mapas, postais e brochuras dos sítios por onde passei na viagem pelo Império Austro-húngaro.
Agora,  agora é tempo de ir ter com eles a Itália. Está prometido.


  

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Joana Leite de Castro: um exemplo a seguir

A Joana é a filha mais velha de um grande amigo meu;  logo, é também minha amiga.
Depois de um percurso alucinante na área farmacêutica/ nutrição, descobriu o prazer de viajar, conhecer pessoas e ajudar quem mais necessita. As viagens revelaram o melhor da Joana e o excelente ser humano que é.
A Joana é um exemplo a seguir. Conheça aqui a sua história.