terça-feira, 20 de janeiro de 2015

20.1.15 - St. Moritz

Último dia desta viagem pela Suiça, Áustria e Lichenstein, passado debaixo de um sol enternecedor e a ouvir David Bowie, Ena Pá 2000, Creedence Clearwater, entre muitos outros.
O programa inicial previa a visita ao lago Boodense, à cidade de Bregenz e Konstanz.
Contudo, St. Moritz também estava "já ali" e St. Moritz, para quem gosta de ski, é um spot obrigatório.
St. Mortiz, para quem gosta de um determinado lifestyle que é facilmente encontrado nos filmes do 007, ou nas revistas do Jet 7 internacional, é um must.
St. Moritz, para quem gosta de estradas que sobem e descem a contornar a montanha, lagos, em curvas de 270º, coberta de neve e gelo, é um regalo.
E eu gosto um pouco de tudo isto!
Estava desde sexta-feira a recusar ir a St. Moritz; mas hoje rendi-me, fiz-me à estrada e em boa hora fui.
A cidade é do mais fancy que pode haver, cheia de boutiques com as melhores marcas. Por falar em marcas, as de automóveis de topo também lá estão todas, e com pistas desenhadas na neve para os afortunados clientes poderem colocar a sua perícia à prova sobre a neve e gelo. Também há um casino e hotéis para os quais não há descrição possível, além das casas de tudo quanto é milionário.
A estância é brutal, com pistas largas, com muita inclinação, permitindo velocidades estonteantes. Como ontem não nevou, a neve estava compacta nas pistas, ajudando a esse efeito. Os fora de pista também são qualquer coisas de fantástico.
Com as minhas Reuch iguais às do Hermman Maier senti-me um campeão da velocidade... Até passar por mim um rapaz que tinha um blusão da Selecção Olímpica Suiça; certamente ele tinha um motor nos ski!
Mas como a cidade, tudo o resto é fora de série: os teleskis têm um encerramento automático, os bares servem Pommery e Mumm em flutes geladas, os equipamentos do pessoal de serviços, monitores e demais pessoas que trabalham na estância são de fazer corar qualquer profissional.
Tudo é feito para que o cliente volte a St. Moritz.
Para terem uma ideia desta visão holistica do luxo associado ao desporto, subi ao Piz Nair, a 3057 metros de altitude: um restaurante com uma carta fantástica, com os melhores produtos e bebidas, para que cada um se possa reconfortar do dia de ski; no entanto, mal saído do restaurante e em poucos segundos estava em Corviglia, a 2486 metros de altitude, em plena pista de Downhill do FSI. It´s unpriceless!      
Com todas estas memórias, com um sorriso de satisfeito, já me encontro em Memmingen,  para apanhar o voo para Portugal. Quero voltar, não saí; mas amanhã é dia de trabalho.    


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

19.1.15 - Vaduz | Rapperswil | Zürich

Frio e sol no Lichenstein para o início de uma viagem que, num curto espaço físico e de tempo, me faria atravessar dois países, ligando Vaduz - capital do Lichenstein -a Zürich, na Suiça.
Há quem diga que Vaduz é a capital mais desinteressante da Europa. Concordo plenamente. No país - e na capital, confundindo-se uma coisa com outra - respira-se bem estar e pujança económica mas é tudo muito sensaborão. Não há nada para além de boas casas e carros da classe média-alta.
Subi ao castelo, por uma estrada vertiginosa, estreita e senti vontade de a fazer a alta velocidade. " Se fosse de Porsche", pensei... E não é que passados dez segundos tinha um rugido de um motor boxer atrás de mim?! Pena não ir eu ao volante.
Daí segui para Zürich, escolhendo uma estrada nacional: que maravilha, que regalo para a vista e para a mente.
A estrada acompanhava toda a montanha, um sobe e desce por entre montes gelados, árvores com estalactites de gelo, riachos, pessoas a utilizar o cavalo como meio de transporte e outras com ski-de-fundo. Uma paisagem do mais bucólico e enternecedor que possa existir. Como diriam os meus amigos brasileiros, amei.
Até Rapperswil parei em diversas aldeias para tirar fotos porque queria ficar com registo de tudo isto.
Depois disso a paisagem alterou-se e surgiu o grande lago. Que sensação! Tudo tão límpido, purificador de body & soul.
Em Rapperswil parei o carro e caminhei pelo lago. Vi patos, garças e galinholas. A natureza está presente nas cidades, não se deixando invadir, criando um conjunto perfeito.
A chegar a Zürich, pelas margens do lago, comecei a aperceber-me quanto fancy seria a cidade: casas de sonho, stands da Ferrari, Porsche, Bentley, Jaguar, Aston Martin, q.b..
A cidade em si, depois deste banho de Califórnia fria e europeia, mostrou-se em toda a sua magnitude.
Zürich é uma cidade fantástica, um bastião das tradições europeias no mundo financeiro e isso traduz-se nos edifícios, na cultura, nas lojas, nas pessoas.
Caminhei pelo lago e pela parte velha. Subi à parte alta da cidade, e em baixo vi a Wasserkiche.
Espero voltar!





domingo, 18 de janeiro de 2015

18.1.15 - Silvretta Montafon

Hoje o sol veio brindar-nos e o dia teve outro brilho.
Ao invés de ontem, os Alpes abriram-se em esplendor e pode observar a beleza das montanhas e dos vales. Ontem tinha sentido mas hoje vi o porquê de chamaram às pistas de ski austríacas "paredes": a inclinação é de tal ordem que a diferença entre uma vermelha ou preta é, basicamente, a largura da pista. Não há pistas verdes e as azuis são raras.
Silvretta Montafon está no Top 10 das melhores estâncias. A aldeia que a acolhe não tem o glamour de outras estâncias mas as pistas são top. O preço de forfait e aluguer de ski estão na tabela normal dos Alpes; que, a meu ver, pelo preço/ qualidade, é muito mais barato que outras estâncias.
No local de alugar os skis, dada a nossa fisionomia e língua, éramos o centro das atenções. Quando me perguntaram como era o meu ski, respondi "expert". Deram-me uns skis fantásticos da Nordica, que foram bem explorados ao longo do dia.
Com o sol veio a visibilidade e, com ela, a velocidade que podemos imprimir ao ski: foi um voltar aos bons velhos de paralelas apertadas a ir com a mão ao chão, alternando entre pistas largas com outras mais estreitas, com ganchos a fazer lembrar o Turini, negociados em slide, saltos. A neve estava fofa e permitia quase tudo.
No regresso ao carro, para desfrutarmos ao máximo, descemos a montanha por uma pista vermelha. No seu final, seguimos por um fora de pista no meio das árvores. Desembocamos num tasco com uma vista soberba, cheio de austríacos a ouvirem uma musica horrível e a beberem cerveja. Participamos na degustação, como é óbvio.
Depois foi seguir o fora de pista até ao centro da aldeia, cruzando casas, quintais, e ruas asfaltadas, tal qual um filme do 007.
O dia de hoje foi, como se diz na minha gíria, "a fundo".
Querem um dia assim?! Passem na Agência Paraíso e desfrute de bons momentos.



  

sábado, 17 de janeiro de 2015

17.1.15 - Lech

Poucos quilómetros separam a "base  Suiça" das estâncias alpinas austríacas.
Ainda o sol não tinha nascido e eu e o João fazíamo-nos à estrada: eu como piloto, estando o João a debitar as notas de GPS e atenção redobrada aos radares; no rádio ouvíamos os êxitos do Tendinha e Jamiroquai, resquícios da caixa de ressonância da viagem pela Croácia e Bósnia. Lech era o destino.
Com o aproximar da estância o manto branco intensificava, colocando à prova a perícia daqui do driver. Nada mal! 
Voltar a fazer ski com o João é regressar a La Molina, nos anos 90, ou a La Mongie depois do milénio. Durante o dia lembramos, relembramos imensa coisa, rimos a bandeiras despregadas.( sim  Toli, faltavas tu, mas nem por isso deixaste de ser tema de conversa. Se tivéssemos um Mojave, tínhamos visto muito melhor!). Foram dez anos de separação das grandes estâncias e há muito que desejávamos voltar.
Escolhemos Lech, para começar a snowtrip, por ser na Áustria - muito mais barato que a Suiça. Mesmo assim, pela quantidade de Bentley e Maserati por metro quadrado,o I8, Mercedes F1 e outras jóias da coroa, fiquei a pensar como seria St. Moritz.
O ski estava perro, o tempo uma verdadeira m@%*£ por causa do nevão que estava a cair e que não nos possibilitava ver um palmo à frente do nariz, eufemisando a expressão mais usada durante o dia.
Entre ternos e tombos, almocei goulash e uma salsicha com batatas fritas, acompanhado por meio litro de cerveja franciscana, pelo preço de um McMenu na Suiça.
O aprés ski  é poderoso: Lech é uma vila simpática, com casas baixas de madeira, muito típica, com imensos bares e hotéis de cinco estrelas, recepções da Mercedes, BMW e outras marcas de luxo.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

16.1.15 - Luzern | Vitznau | Luzern

Já tinha saudades de fazer as malas e andar por aí à descoberta. Vim à Suiça, pela primeira vez e quem me conhece sabe que vim com um ano de atraso.
Quero descobrir este país, as suas paisagens, os cheiros, a gastronomia. Quero ver a neve nos Alpes e poder afirmar com toda a certeza e mais alguma que os cenário do Grand Budapest Hotel foram baseados na Suiça.
Comecei por ir a Luzern e passeei junto ao lago, com o vento frio a ser interrompido por um sol tímido. Andava-se bem mas o casaco tinha que andar apertado até cima.
Fui ver as pontes de madeira, a eclusa, a igreja renascentista de St. Leodegar e uma exposição de Sabian Baumann ao Museu de Arte.
Depois de tudo isto fui almoçar: 14.70 € por um McMenu. Dá para balizar uma porção de coisas!
Da parte da tarde, já com o sol a desaparecer apesar de passar pouco do meio-dia, apanhei o barco de carreira e fui dar a volta ao lago, de Luzern a Vitznau, passando pelos pontões de Lido, Hertenstein e Weggis. O barco estava com alguns pssageiros de rotima, outros que iam para o almoço e turistas chineses e brasileiros.
Eu adoro água e poder estar no meio dela, pesar do muito frio, rodeado do verde e branco dos Alpes, senti sensação de paz. Há locais que têm esse poder sobre mim e o lago de Luzern está nessa lista.
Tudo é belo e, ao mesmo tempo, pitoresco. A água, as casas e palácios, a natureza encaixam na perfeição. Bürgenstock estava encoberto pelas nuvens mas imagino que a sua vista deve ser de sonho.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

6.1.15 - Régua

Ir à Régua é ver e viver o vinho.Também pode ser terra e também pode ser rio - como diria António Barreto - mas é, sobretudo, vinho.
Eu, apreciador do bom néctar, delicio-me, também, com a estrada: carrossel, serpentina, encadeado, o que lhe queiram chamar. Entre o rio e o socalco, de uma beleza única.
Voltarei com mais tempo!


sábado, 3 de janeiro de 2015

2.1.15 - Serra da Lousã | Góis | Arganil

Segundo dia do ano e segundo dia de aventura. Segundo dia do ano e segundo dia de regresso a recordações de infância - da Marmeleira e das festas da Tia Isabel e do Tio Carvalho - e a recordações dos tempos áureos dos ralis: Lousã, Arganil, Folques, Góis, Castanheira de Pêra.
Tracei um percurso misto, entre a terra batida e o asfalto, de curvas encadeadas feitas em segunda, terceira e quarta velocidade, levando-me a sorrir ao pensar como seria interessante utilizar um paddle shift ou um travão de mão poderoso. Não sei se fiz a viagem de BMW,  de Lancia 037, Ford Cosworth, Porsche ou um Deltona branco azul e vermelho. Com esse pensamento fui calcorreando a Serra da Lousã e as Aldeias do Xisto.
A primeira paragem foi no Castelo da Lousã, com o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e as quedas de água. Mas impressionante que tudo isso, o vale, com inúmeros tons de verde, e o silêncio. Um local de contemplação da natureza e da sua obra magnífica ( ou divina).
Depois, o zigue-zague de asfalto da N 236 passou a terra para observar o mundo do alto de S. Lourenço. Seguiram-se as aldeias de Cerdeira e do Candal.
A pé, salta-se de pedra em pedra, sente-se o frio a cortar a pele e o sol a recuperá-la novamente.
Há quem diga que se pode perder no Portugal profundo; eu acredito que nos encontramo



s.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

1.1.15 - Oliveira de Azeméis | Caramulo | Oliveira de Azeméis

Primeiro dia do ano e é tempo de começar a definir metas para os objectivos do final do ano. Em 2015 vou-me dedicar, também, a viajar por aí. De moto, de carro, de comboio, de avião; do que for. Quero conhecer sítios novos, novas pessoas e culturas.
Levantei-me cedo e amarrei a Monte Campo à moto. Olhei pelo mapa e decidi dar uma volta por sítios por onde não passava à muito.
Saí de Oliveira de Azeméis e rumei a Vale de Cambra para entrar na estrada de S. Pedro do Sul. Poucos quilómetros percorridos e tinha a primeira paragem do dia: a barragem Eng. Duarte Pacheco, junto a Roge.
Respira-se tranquilidade naquele pedacinho de paraíso. No sopé da Serra da Freita, poderia colocar na legenda Bariloche que poucos dariam pela diferença. Maravilhoso, sublime, a viagem já tinha valido a pena por aquela paisagem.
Segui caminho até Oliveira de Frades, numa serpentina gelada que acompanha cada recanto da serra, num sobe e desce constante. Uma estrada que passa por Cepelos, Junqueira e Arões, nomes míticos dos ralis.
Chegado a Oliveira de Frades, rumei até ao Caramulo. Sempre a subir!
Já não ia lá desde a minha ultima participação na rampa, em 2011. A Vila é tão simpática e pitoresca, juntamente com as aldeias à sua volta. Sem corridas tudo adquire outro ritmo, bastante mais calmo e sossegado.
Subi ao Cabeço de Neve e almocei uma sandwiche. Depois segui por uma estrada de terra batida que liga as várias eólicas. Avistei a Serra da Estrela, a Serra da Freita e o mar.
O caminho de regresso a casa foi por Águeda, por uma estrada com curvas encadeadas e que às três da tarde ainda não tinham secado. Passei por vários riachos que, depois da Pateira de Fermentelos, ajudam a encher o Vouga.
Foram  mais de 150 km de conhecimento, de reviver locais por onde já tinha passado. Foi um bom dia 1 de Janeiro.