domingo, 1 de novembro de 2015

29.10.15 - Luxor | Marsa Alam



A manha de hoje começou com a excitação da primeira prova do campeonato: todos acordaram antes do previsto e todos queriam  sair quanto antes do hotel porque necessitavam de voltar à estrada, à adrenalina, à acção.
E por falar em estrada, que estrada! Para alcançarmos Marsa Alam é necessário cruzar as montanhas do Deserto Oriental e as suas inúmeras curvas. Os egípcios não sabem o que fazer com tamanho carrossel, os americanos, taiwaneses e brasileiros, idem aspas aspas. Restava o português, o alemão, o inglês e o contingente italiano para dizerem: finalmente algo a sério. Em dois anos de Cross Egypt Challenge este foi o melhor percurso de sempre.
Ciente das dificuldades da organização num cenário destes, deixei-me ficar para ultimo, atrás dos camiões de abastecimento, tendo como objectivo desfrutar ao máximo, ter toda a adrenalina possível e chegar aos pontos de paragem ao mesmo tempo que todos os outros. Objectivo cumprido. No encadeado, foi com facilidade que ultrapassei as outras scooter 150 cc e foi com a sensação de vitória que deixei para trás as potentes 400 cc.
Pelo caminho vi algo que nunca tinha presenciado, em dois anos de rali: uma cáfila selvagem.
Chegados a Marsan Alan, em vez de um luxuoso hotel de 5 estrelas tínhamos um acampamento montado dentro de um festival de cultura beduína, numa praia de sonho. Mas antes do festival, foi tempo de ir mergulhar.
O Mar Vermelho é um spot obrigatório em qualquer Log Book de um mergulhador e, por isso, não podia perder a oportunidade.
Um mergulho ao final do dia, com o sol a pôr-se, não foi o melhor em termos de visibilidade mas pude observar os corais, peixe palhaço, peixe trompete, peixe borboleta, uma tartaruga, uma manta e uma moreia.
De volta ao festival, a simpática Mariam – uma egípcia loura e olhos verdes, com rastas e um estilo hippie, que mais parecia do norte da Europa – explicou-me o que era o festival dos beduínos. Várias tribos de todo o país juntam-se e fazem corridas de camelos. O resto do tempo, cantam e dançam. Durante a noite fui até algumas fogueiras das tribos, ouvi os seus cânticos e uma sonoridade familiar com a Capoeira, bebi chá e vivi algo único.
Feliz, fui para a tenda.






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