
Estou de volta!
Uma hora depois da hora de saída e de ter apertado e desapertado os Shad da moto 500 vezes, lá consegui arrancar. Destino: Adventure Days.
O local, a Praia Fluvial de Olhos de Água, em Alcanena, ali na nascente do Alviela. Um sitio lindo, arranjado e com um parque de campismo sobre o rio.

Segunda aventura: dormir numa tenda, ouvindo as rãs a coaxar, o som da água ao fundo e um céu estrelado. Não é o paraíso mas dá uma sensação de paz.
No sábado esperava-nos um percurso offroad, de 200 km circular, excelente para as bigtrails, entre Alcanena e a barragem de Montargil, com rotas outrora usadas no Portugal 1000 e no Transibérico. Havia um pouco de tudo, desde calhau a areia solta, gravilha, uma terra com um pó fininho e inúmeras travessias de cursos e poças de água. Trilhos para todos os gostos e feitios, feitos a boa velocidade.
Mal começamos caí e o bom Diogo lá me foi ajudar a levantar a moto; no final do dia, numa descida com gravilha, voltei a cair. E mais uma vez o Diogo foi lá ajudar-me. Pelo meio, além de andarmos de moto, refastelamo-nos com uns petiscos regionais em Ulme.
Chegados ao acampamento, além de umas minis, uma reconfortante sopa-da-pedra oferecida pelo Marcio e o restante pessoal do Pedrinha. Estava divinal!
Com a força da sopa, no jogo do prego, houve um verdadeiro norte-sul, com a malta do norte ( eu, o Armindo e Pedro) a não darmos hipóteses à concorrência sulista, apesar de toda a batota que fizeram!
Durante a noite, a tenda abanou três vezes: "Quem vem lá?", era apenas o vento; e depois a chuva. Desconfortos de quem não está habituado a estas coisas.
Domingo, depois de um pequeno-almoço a acompanhar o troço de Fafe do Rally de Portugal, esperavam-nos mais 50 km desde Alcanena até às salinas de Rio Maior. Um percurso giríssimo, técnico, no Parque Natural das Serras de Aires e dos Candeeiros. Aqui mais uma peripécia, mais uma, daquelas que fazem as estórias terem piada: seguia o Armindo na frente, seguido pelo Pedro e Diogo e eu. Nós na retaguarda do grupo decidimos ir por uma alternativa que atravessava um ribeiro. Resultado: a minha moto ficou em pé enterrada na areia fina do leito. Queríamos ganhar tempo.. pois bem, foram mais de 40 minutos parados à espera que o Baltazar e toda a sua experiência me viessem retirar do local.
Chegados às salinas foi tempo de mais festa e convívio, de final de aventura. Num local do mais pitoresco que há, entre salinas e vendas de produtos regionais, um almoço abastado, foi tempo de abraços e de desejarmos boa viagem a cada um. Foi tempo de confraternização e de votos de um reencontro para breve.
Viveu-se o Adventure Days; que assim seja por muitos anos.
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