O primeiro rali do ano, tradicionalmente, marca o arranque da temporada automóvel em Portugal.
Já foi em Ponte de Lima, em Vieira do Minho e, de há tempos a esta parte, é em Fafe.
É o rali onde todos querem mostrar as novidades: carros, patrocinadores, equipamentos, as equipas com os camiões novos, ou o grelhador . Dia de S. Rali porque é o reencontro dos apaixonados pelos automóveis e pelas corridas, depois de meses de espera pelo barulho dos motores, o cheiro a borracha queimada e a audácia ao volante; ou seja, o primeiro rali do ano é, além de tudo, um convívio entre amigos, colegas, adversários. Gente que vibra e ama o desporto e que é capaz de percorrer centenas de quilómetros, com frio, pó ou lama, para aplaudir e conviver. Cumprimentei pessoas que nem sei o nome mas que, de há anos a esta parte, encontramos sempre nos mesmos sítios, criando-se uma atmosfera e ambiente familiar.
Com esse espírito, vi milhares de pessoas no Confurco, na Lameirinha e em Montim. Lugares inóspitos e quase desertos, a que a visita anual deste aglomerado de pessoas dá outra vida à serra.
Apesar do frio matinal e do calor vespertino, o meu fato da Alpinestars deixou-me confortável todo o dia, permitindo-me percorrer, de moto, os vários caminhos que ligam as classificativas. Vi espectáculo nos quatro cantos de Fafe!
No plano desportivo, ganhou o açoreano Ricardo Moura, ficando Miguel Campos em segundo lugar e, já que falamos de amigos e convívio, o meu amigo João Barros em terceiro. Foi um rali muito bem disputado que, a juntar ao convívio, tornou o dia excelente.
Ainda no plano desportivo, foi com nostalgia que vi os nomes Vatanen e De Mevius nos vidros dos carros. Vi correr os pais, sonhei, como eles, ser piloto, quando era miúdo. Agora vejo os filhos, mais novos do que eu, darem os primeiros passos neste desporto apaixonante. E os rapazes têm a quem sair!
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