Preparei a Monte Campo nova, azul e cinza, com 30 litros, e fiz-me à estrada.
N1 até Albergaria para, depois, subir o Vouga. A estrada estava escorregadia e não permitia grandes veleidades; o sol penetrava os ramos e as folhas das árvores e criava uma atmosfera acolhedora.
Bom almoço e cedo, em Cambra? Ou almoço onde der e à hora que for?
Como a ideia era passar Castro Daire, não acontecendo como da última vez, decidi continuar viagem.

Como é bonito o nosso país!
No alto da serra, onde a a N226 dá lugar à N225, junto ao cruzamento com a N2 e a A24, desci por uma rua estreita e íngreme que me levou à praia fluvial da Folgosa.
Que encanto. Uma água límpida, cristalina, que o frio ajuda a tornar ainda mais brilhante. Cavalos e um rebanho, uns pássaros a bebericarem na água. Com passo certo, um conjunto de pedras ajudam a atravessar o rio Paiva, a caminho de Santiago.
De lá, com a fome a apertar, o destino foi Vila Nova de Paiva.
"- Onde posso encontrar um restaurante de comida tradicional?
- De onde?".
Não havia arroz de míscaros e o cabrito já tinha sido um jovem rebelde, há algum tempo.
Em Vila Nova de Paiva subi, por um empedrado, cheio de musgo, à capela de Sto. Antão e ao miradouro. Eólicas, um miradouro para as eólicas. Triste país este.
Com o espírito de Aquilino, envolto no ventre de nevoeiro, rumei ao Freixinho, mesmo ao lado da barragem de Vilar.
O repouso foi no Hotel Rural Convento Nossa Senhora do Carmo, um convento restaurado, com uma bonita sala de jantar ornamentada com um grande espelho. Quartos com uma decor condizente com o convento e o local ideal para uma escapadinha com a companhia certa.
Por falar em jantar, aventurei-me no meio do nevoeiro e fui até Moimenta da Beira, provar o Bacalhau à Cabicanca. Muito bom!
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