Saindo de Vidago para Chaves, pela "Rota da Água Termal", o céu ameaçava chuva; contudo a ida a Chaves era obrigatória para comprar pasteis e bola. E que boas que estavam!
Daí o destino final era Braga, apontado a chegada para a hora do almoço.
Pela N 103 - fazendo pequenos desvios pela N 312 - percorri aldeias que outrora foram de pessoas mas, hoje, só a solidão as habita. Aldeias perdidas no meio das serras, de onde gente fugiu para a cidade, perdendo-se por aí.
Com a chuva e o nevoeiro, na falta de luz para fotografar, restou-me falar e ouvir estórias e histórias de famílias numerosas, de capelães, de doutores, de políticos de ontem e de hoje.
Até Vieira do Minho o percurso foi traçado por um Portugal profundo e deserto, no qual ninguém tem interesse em mostrar e analisar.
Contrastando com isso, a barragem da Caniçada. Uma das portas para o Gerês e um sítio que alguns tentam - com um novo-riquismo atroz - transformar numa espécie de Lago Como do Alto Minho, a grande bacia proporcionada pelo Cávado.
Felizmente a paisagem sobrepõe-se a tudo isso e é possível encontrar a natureza no seu estado mais puro.
Descendo até Amares e, depois, seguindo para Braga, depressa - pelo adiantar da hora -, porque um bacalhau e um Alvarinho esperavam no S.Frutuoso.
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