Segundo dia do ano e segundo dia de aventura. Segundo dia do ano e segundo dia de regresso a recordações de infância - da Marmeleira e das festas da Tia Isabel e do Tio Carvalho - e a recordações dos tempos áureos dos ralis: Lousã, Arganil, Folques, Góis, Castanheira de Pêra.
Tracei um percurso misto, entre a terra batida e o asfalto, de curvas encadeadas feitas em segunda, terceira e quarta velocidade, levando-me a sorrir ao pensar como seria interessante utilizar um paddle shift ou um travão de mão poderoso. Não sei se fiz a viagem de BMW, de Lancia 037, Ford Cosworth, Porsche ou um Deltona branco azul e vermelho. Com esse pensamento fui calcorreando a Serra da Lousã e as Aldeias do Xisto.
A primeira paragem foi no Castelo da Lousã, com o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e as quedas de água. Mas impressionante que tudo isso, o vale, com inúmeros tons de verde, e o silêncio. Um local de contemplação da natureza e da sua obra magnífica ( ou divina).
Depois, o zigue-zague de asfalto da N 236 passou a terra para observar o mundo do alto de S. Lourenço. Seguiram-se as aldeias de Cerdeira e do Candal.
A pé, salta-se de pedra em pedra, sente-se o frio a cortar a pele e o sol a recuperá-la novamente.
Há quem diga que se pode perder no Portugal profundo; eu acredito que nos encontramo
s.
Sem comentários:
Enviar um comentário