sábado, 17 de janeiro de 2015

17.1.15 - Lech

Poucos quilómetros separam a "base  Suiça" das estâncias alpinas austríacas.
Ainda o sol não tinha nascido e eu e o João fazíamo-nos à estrada: eu como piloto, estando o João a debitar as notas de GPS e atenção redobrada aos radares; no rádio ouvíamos os êxitos do Tendinha e Jamiroquai, resquícios da caixa de ressonância da viagem pela Croácia e Bósnia. Lech era o destino.
Com o aproximar da estância o manto branco intensificava, colocando à prova a perícia daqui do driver. Nada mal! 
Voltar a fazer ski com o João é regressar a La Molina, nos anos 90, ou a La Mongie depois do milénio. Durante o dia lembramos, relembramos imensa coisa, rimos a bandeiras despregadas.( sim  Toli, faltavas tu, mas nem por isso deixaste de ser tema de conversa. Se tivéssemos um Mojave, tínhamos visto muito melhor!). Foram dez anos de separação das grandes estâncias e há muito que desejávamos voltar.
Escolhemos Lech, para começar a snowtrip, por ser na Áustria - muito mais barato que a Suiça. Mesmo assim, pela quantidade de Bentley e Maserati por metro quadrado,o I8, Mercedes F1 e outras jóias da coroa, fiquei a pensar como seria St. Moritz.
O ski estava perro, o tempo uma verdadeira m@%*£ por causa do nevão que estava a cair e que não nos possibilitava ver um palmo à frente do nariz, eufemisando a expressão mais usada durante o dia.
Entre ternos e tombos, almocei goulash e uma salsicha com batatas fritas, acompanhado por meio litro de cerveja franciscana, pelo preço de um McMenu na Suiça.
O aprés ski  é poderoso: Lech é uma vila simpática, com casas baixas de madeira, muito típica, com imensos bares e hotéis de cinco estrelas, recepções da Mercedes, BMW e outras marcas de luxo.


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