Para jantar, o Daniel indicou-me o Blockbraü, em frente ao Elba, com um terraço soberbo e uma boa cerveja. Salsichas de Nuremberga acompanhadas com couve e cerveja bem tirada foram o início da noite.
A vista sobre o porto, muito industrial, muito mecânico, marítimo, como qualquer grande plataforma deve ser, ao entardecer, com um sol avermelhado a reflectir nos edifícios de tijolo e vidro, deu-lhe uma atmosfera única, sendo difícil de igualar. A seguir à cerveja do jantar ainda se seguiu outra, lá no Blockbraü; depois disso, foi tudo em St. Pauli.
St.Pauli é um rua onde há de tudo o que se possa imaginar pela noite dentro: restaurantes, bares com musica ao vivo, bares de strip, bares de alterne, cinemas com filmes para adultos, sexshops, galerias de arte com temas eróticos, uma instalação em aço em memória dos Beatles, etc. etc..
Fui a uma sexshop muito fancy, muito fashion, com máscaras dignas do melhor carnaval de Veneza e corpetes a lembrar Marie Antoinette. Ao lado, uma galeria de arte com quadros de vários autores que retractavam cenas de sexo. Turistas e mais turistas, de várias origens do globo e, notava-se, com várias vivências da coisa.
Depois desta “aventura sexual”, a única, devo dizer, fui a um bar que se chamava “Indian Cowboy”, que estava cheio de obras, guitarras e posters a lembrar hard rock. A banda que estava no palco tinha um aspecto de pessoal com meia-idade a viver os seus tempos de juventude: t-shirts da Harley, botas cardadas, lenços na cabeça, óculos de sol, brincos, tocando em Fender. A música? U2, Eagles e mais uns hits comerciais. De facto, o pessoal que gosta muito de Harleys tem uns gostos um pouco duvidosos; right Drew?!
O regresso ao hotel foi de metro, a ouvir a versão alemã do “Ó Joana”, do Marco Paulo. Muita risada e, à custa disso, conheci a Christiane, de Jena, tornando o serão mais agradável por uns minutos.
O hostel… tem aquele estilo. Não vi nem ouvi nada do que estava à espera. Aliás, tinha a melhor almofada da viagem e o pequeno-almoço, hoje de manhã, estava muito bom. Por falar em pequeno-almoço, todo aquele ambiente parecia ter sido tirado de um filme: cadeiras de veludo vermelho e roxo, móveis antigos, Edith Piaf no sistema de som e, ao meu lado, um casal: ela loura e muito alta, ele baixo, moreno com um bigode a lembrar o Hércule Poirot!
Durante o dia de hoje estava sol e calor, 17ºC, intercalado com uma chuva à hora do almoço.
Passeei a pé pela cidade, pelo porto, pelos monumentos e igrejas, pelos canais e pelos lagos onde abundam cisnes, patos e gansos. Tanta vida, tanta cor, arquitectonicamente bem enquadrado. Senti-me pequeno, tal a grandiosidade dos edifícios. Hamburgo é uma cidade vibrante, cosmopolita e fancy. Entrei numa galeria de arte para ver Roy Lichenstein e outros artistas de pop arte, fui ver as últimas novidades da Originals e fui a uma sapataria ver bostas da Hunter e Dr. Martens personalizadas.
Quer um conselho? Va à Agência Paraíso e marque uma viagem para aqui; vale a pena a escapadinha.
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