domingo, 9 de abril de 2017

9.4.17 - O.Azeméis | Góis | Arganil | Piódão | O.Hospital | Nelas | Viseu | Cinfães | O.Azeméis

O sol e o calor voltaram  e o dia de hoje poderia ser uma maratona pelas mais emblemáticas regiões vinículas de Portugal: Dão, Douro e um cheirinho de Bairrada quando passamos ao lado de Anadia e de Souselas.
Três peças da da melhor engenharia de duas rodas e respectivos donos juntaram-se para uma volta há muito prometida. Norte, ou Sul? Fomos para sul para para a região centro, para a "floresta portuguesa", reviver tempos mais curtos ou longos, tendo como ponto central o Piódão.
Pela auto-estrada e depois pelo IP3, rapidamente chegamos a Góis para a primeira pausa do dia, num café em cima do rio, onde o serviço foi tão rápido como a nossa viagem até então. Mas valeu a pena: a tosta mista deu para todos ( sim, era para todos ó menino Filipe, não te pusesses com esquisitices), apanhamos um pouquinho de sol e colocamos a conversa em dia.
Contei episódios recentes menos conseguidos por aquelas bandas, e como de lá do alto poderia vir ter cá abaixo, traçamos a rota e rumamos a Arganil.
Daí para a frente foi um livro aberto de recordações de ralis, desde os Vinho de Porto ao da Figueira da Foz, e mais recentemente do Rali Raid de Góis.
Em Arganil o sentido foi para Folque e Coja, ficando para trás o Colmeal: pelo asfalto até à Casa do Guarda, por uma floresta que se adensa com as nossas espécies, fazendo esquecer o país do eucalípto.
Na Casa do Guarda, uma paragem obrigatória na curva que outrora era em terra e que pilotos como o Vatanen, Biasion, Alen e tantos outros, fizeram sonhar gerações inteiras de portugueses.
Com um vento matreiro, fomos empurrados serra abaixo até uma das mais pitorescas aldeias de Portugal, dada a conhecer ao Mundo pelo saudoso César Torres: o Piódão.
Encastradas na serra, casinhas de xisto fazem lembrar uma aldeia de um presépio, abandonado pelo tempo, com um riacho que se transforma em praia fluvial uns quilómetros mais abaixo.
A estória do Carteiro António e a da capela de S.Pedro confundem-se e abram o apetite para um bucho de porco e uns queijos de algumas ovelhas que certamente se cruzaram connosco na estrada.
Com o estômago tão cheio como o do porco que acabávamos de comer,  fizemo-nos à estrada em direcção ao Douro, percorrendo os folhos da Serra da Estrela, por Oliveira do Hospital e Nelas, emprestada em contos pela escrita de António e João.
"Enrolar punho" foi a palavra de ordem e só foi desfeita com a paragem em Viseu para os Viriatos e Rotundinhas. Com tantos pecados no trânsito, o da gula deverá ser o menor deles!
Nova paragem em Cinfães, para uma água, sem antes termos percorrido a Serra de Montemuro, pela N321, e observando o mundo lá de cima: de Montemuro à Estrela, como se de uma vasta planície se tratasse.
Do encadeado de Cinfães até casa, uma estrada perfeita no desenho das curvas e com os rios como cenário de fundo ( Paiva e Douro), o ronco dos motores ecoou e ficou a promessa de novas viagens.






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