terça-feira, 28 de abril de 2015

26.4.15 - Monsaraz | Flor da Rosa | Oliveira de Azeméis

Domingo acordou cinzento, chuvoso e frio.
Depois de ter chovido a noite inteira, o terreno devia apresentar-se bastante enlameado.
A reunião matinal de aventureiros foi-se arrastando, devido à chuva que caía copiosamente.
A etapa de domingo contemplava 100 km, muito técnicos e em condições difíceis.Além disso eu tinha que realizar mais 400 km até chegar a casa.
No dia anterior a Versys já tinha provado a todos que, apesar da sua vocação ser o asfalto, dava-se bem na terra. Mas estava lama e os pneus não eram, de todo, os mais apropriados.
Tomei uma decisão difícil: abdiquei da etapa de domingo e, por razões de segurança, regressei a casa mais cedo. A viagem de regresso foi pelas mesmas estradas que tinha vindo; mas com paragens diferentes.
De Monsaraz a Reguengos ainda fui fustigado pela chuva mas, depois, o sol apareceu e tornou a viagem bastante agradável.
Em Alter do Chão tive que fazer um desvio porque, à custa da TVI e dos seus programas dominicais, a estrada estava cortada no centro da vila.
Poucos quilómetros mais à frente, saí do IC que liga a Portalegre e entrei na antiga estrada nacional, perto da Coudelaria Nacional e da Estação do Crato.
A estrada é linda e, daí à Flor da Rosa, por entre curvas, pontes, terras místicas e cheias de significado para a história de Portugal, relembrei tempos passados ( aqui, ou aqui


). Tão bom!
Parei na Flor da Rosa e, em frente ao Mosteiro, tal qual D.Nuno Álvares Pereira, posei o "meu cavalo".
Depois da evocação ao Condestável, foi tempo de regressar. Sem mais paragens, pensava eu...
Até cruzar a A23, fui tendo uns choviscos mas, depois disso, um temporal abateu-se sobre mim.
Chuva, chuva, chuva e mais chuva. A juntar a isso, um vento fortíssimo que dificultava a marcha e enregelava os ossos.
Passar Proença-à-Nova foi penoso. A chegar a Figueiró dos Vinhos, decidi parar debaixo de uma ponte para me abrigar. A chuva era tanta e vinha de todos os lados que mais valia não ter parado.
Calmamente segui até Coimbra e, de forma ainda  mais calma, enfrentei o trânsito da N1, em pleno domingo.
Foi um regresso duro e, felizmente, cheguei bem.

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