quinta-feira, 30 de abril de 2015

30.4.15 - Hamburgo

Viajar tem coisas fantásticas!
Cheguei hoje ao final da tarde a Hamburgo, num voo da Ryanair e não vi a cidade; por causa disso não estava para escrever nada no blog. Nem tenho fotografias.
No entanto aconteceram-me duas coisas simplesmente deliciosas, daquelas que demonstram bem o porquê do prazer das viagens.
Há dias, ao conversar com uma amiga, ela dizia que quando eu relatava viagens apenas referia pessoas e quase nunca o país. Falava do Drew, da Jasmin, do Dave e pouco do Egipto em relação a eles. Respondi que os países estão e estarão lá, as pessoas tornam-nos especiais. E foi isso que aconteceu.
Tinha combinado com locadora da moto que chegava às nove da noite, já que o avião aterrava às oito. Contudo, as malas demoram e eu estava a ver que não chegava a tempo ao local. Telefonei e atendia um fax...
À porta do aeroporto de Hamburgo apanhei um taxi para me levar ao local. O taxista, um indonésio reformado da Siemens, onde trabalhou mais de trinta anos como engenheiro, que adora Portugal - Porto, S. Jacinto, Aveiro, Lisboa, Sintra e Cascais, disse-me ele onde esteve, por duas vezes em alguns locais -, vendo  minha aflição, tentou ligar para a locadora. Em vão.
Felizmente, quando chegamos ao local, estavam lá as pessoas à minha espera, igualmente muito simpáticas.
O meu amigo indonésio, como se tivesse feito pouco por mim, esperou que me entregassem a moto - uma Triumph azul - e fez questão de me guiar até ao hostel onde estou neste momento instalado.
Maravilha!
O hostel é nos arrabaldes de Hamburgo, numa rua sossegada e onde não se passa nada. Depois de fazer a minha cama e descarregar as malas da moto, fui jantar. Entrei no primeiro restaurante que vi, um Subway.
O dono ou gerente perguntou de onde eu era e, quando respondi Portugal, fez uma festa. Quando lhe contei que ia andar de moto por aí, a simpatia triplicou; na hora de pagar a sandes disse " é por conta da casa". Ele é palestiniano, tem um funcionário polaco e outro búlgaro.
Estávamos só os três no restaurante e chega uma espanhola. "Parece a aldeia olímpica!", disse o simpático palestiniano.
A viagem ainda não começou e já valeu a pena.     

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