Passamos por uma série de vilas onde se respirava miséria. Percebemos que estávamos em África.
Numa dessas vilas, em que se tinha uma espécie de fronteira, devem ter avisado o Presidente da Câmara de lá do sítio que íamos atravessar a vila. Tivemos que parar em frente ao edifício onde ele trabalhava para bebermos água e ouvir um discurso em árabe. Simpático de sua parte, penso que estaria a felicitar-nos e a desejar boa viagem.
No meio do deserto, igualmente decrépitos, dois quarteis militares. Carros enferrujados, prédios quase em ruínas e, num deles, um Hummer que fazia lembrar outras guerras.
A estrada era estreita e estava em mau estado. Fiz muitos quilómetros de pé, em cima da scooter, para proteger as costas das pancadas dos pequenos saltos. Diverti-me mas fiquei com os pulsos com o dobro do tamanho.
Mais uma vez a etapa terminou cedo e fui recuperar os pulsos no Mar Vermelho, caminhando mar dentro muitas centenas de metros até uma barreira de coral. Aí a água era agitada a profundidade passava de 80 cm para 20 metros. O Drew – um médico americano – e outros com licença de mergulho, avançaram num barco. Eu voltei a terra seca para a companhia do Lobo Antunes.
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