Logo de manhã, na primeira tirada antes do reabastecimento, decidi ficar para trás para poder apreciar pela última vez o Mar Vermelho e os fabulosos barcos que por ali proliferam. Ia mais descansado.
O pior foi quando viramos para o interior, onde foi sempre a subir para um planalto. Como parti atrás comecei a apanhar pilotos mais lentos e em estradas péssimas é complicado ver e ultrapassar.
Logo no primeiro reabastecimento tivemos um reagrupamento porque um piloto peruano caiu e magoou-se no ombro. Estivemos a aguardar que chegasse outra ambulância à caravana porque a que estava ao nosso serviço foi utilizada.
Depois partimos em direcção a Aswan, com mais duas paragens programadas. Infelizmente foram mais.
Começando a descer o planalto, por uma estrada má, com a paisagem edílica e bucólica do deserto, dando lugar a umas pequenas aldeias com gente pobre e vacas e burros raquíticos. Nada mais. Poucos quilómetros mais à frente, de repente, parece que entramos noutro país, tal era a quantidade de campos verdes. Aproximávamo-nos do Nilo. A quase 1.000 km da sua foz, tem uma imensidão poderosa.
Cruzamos Edfu - quase uma metrópole – e sente-se África a entrar pelos olhos e narinas. Aqui a Denise teve um pequeno acidente e magoou-se no cotovelo.
Pouco depois, já fora da cidade, novamente no deserto, novo reagrupamento porque havia gente dispersa pela cidade e outras complicações. Passaram carros da organização a alta velocidade e uma ambulância com alguém de camisola com mangas amarelas. A "Foreign Legion" perdeu um membro.
A “ Foreign Legion” foi um grupo que apeliddamo, onde estou eu, um americano, um australiano, um canadiano e uma simpática mexicana.
Ficarmos s
em saber notícias da nossa companheira de aventura quebrou o ritmo e o espírito. Conhecemo-nos há apenas cinco dias mas, desde então, todos convivemos quase 19 horas por dia; os nossos pensamentos estão com a ela.
Depois disso foram 180 km intermináveis até Aswan.
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