quinta-feira, 13 de agosto de 2015

13.8.15 - Airlie Beach | Whiteheaven Beach | Cairns

Por vezes peco por falar cedo de mais. Afinal o paraíso não é em Magnetic Islands, é em Whiteheaven! Mas já lá vamos, um ponto de cada vez.
Como vos tinha dito ontem, hoje fomos de veleiro para Whiteheaven Beach, com trocas e mais trocas de barco. O nosso era um veleiro azul, bonito, mas onde se fazia sentir o peso da idade.
34 pessoas a bordo mais a tripulação, zarpamos às 8 da manhã para um destino que, a 22 nós, estava a 3 horas de distância.
O mar encrespado trouxe emoção qb à viagem, com as ondas a baterem na quilha e a levantarem o barco, com este inclinado a estibordo, ouvindo-se vários ais e uis.
Eu e o João, portugueses de gema que somos, com o mar e os barcos a correrem há 600 anos no sangue, a que se nos juntou a bonita Doriane - francesa, de Estrasburgo, cujo namorado ficou no convés - fomos para a proa e sentíamos as ondas a passarem por cima de nós. Pura adrenalina.
Quando o mar acalmou e chegamos a terra, olhando para o convés, parecia que trazíamos um grupo de refugiados, tais eram as caras de medo e encharcadas que se viam debaixo dos oleados amarelos.
Chegando à baía de Tongue, caminhamos 20 minutos pela floresta até alcançarmos Whiteheaven Beach.
Isto sim é o paraíso!
Uma imensidão de areia tão fina como a Branca de Neve dos bolos, que ajuda a transmitir o azul claro das águas por quilómetros e quilómetros, formando baías e enseadas.
Tomamos banho, tiramos fotos de Zarathustra e, para completar o cenário idílico, nem faltou um tubarão bebé, com uns 35 cm de comprimento, para nos vir saudar e nadar entre nós - oxalá não estavam os paizinhos!
Depois foi tempo de snorkeling e, uma vez mais, na barreira de coral, vimos os peixe-papagaio e peixe-borboleta a nadarem com todo o há vontade entre o ser-vivo rochoso e colorido.
Era hora de entardecer e, com o mar chão, a viagem foi pacífica, no Pacífico, a ver as baleias ao fundo. A 1 km de distância, via-se perfeitamente a cauda a sair e a entrar na água.
Chegados a Airlie Beach, foi tempo de ir até Cairns. eram apenas, mais ou menos, 700 km em estrada nacional.
Lembram-se da Pussy Wagon?
Na cansativa viagem, numa bomba de gasolina, para uma pick up enorme, com rodado duplo atrás, grandes farois de leds como os do mundial de ralis, cinza metalizada, com uma mulher desnuda pintada na porta e com o anúncio: " G-SPOT, Enginnering and Mechanical". Foi aqui que o Tarantino se inspirou, certamente!
Chegados a Cairns foi tempo de dormir 4 horas num apartotel manhoso e, agora, é hora de embarcarmos para Darwin.
Mick Dundee, here we go!




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