Último dia oficial em Sidney e o sol acordou para nos vir brindar. Para Palmamaníacos como eu e o João já fomos, era quase o "Acorda Menina Linda" ( quase porque ele pode cantar isso... eu não.).
Com sol, com toda a gente desperta, fomos de autocarro até Bondi Beach, uma das prais mais famosas do mundo.
Descendo em linha recta até ao mar, por entre casas da primeira parte do século XX começa-se a avistar o Pacífico. Lindo, não pela praia ou a areia ou outra coisa fancy que apareça; lindo por ser o Pacífico, por ser "aquele check", por, mal fomos perto do areal, apesar do frio, ter tirado as sapatilhas, arregaçado as calças e fui molhar os pés. A água estava quente.
Bondi Beach é uma praia à moda antiga, com as casas de veraneantes, os hóteis típicos, uma marginal onde muita gente faz desporto, murais pintados e um mar azul esverdeado com umas ondinhas a lembrar o Furadouro, ou Espinho, ou a Póvoa, ou Santa Cruz, ou as Maçãs ou outra praia típica do nosso Portugal.
De Bondi Beach seguimos por um passadiço de madeira, levando-nos pelas falésias até Tamarama e Bronte. Muita gente a passear cães, a fazer jogging, a desfrutar da paisagem. Ao longo da costa várias piscinas de marés, tendo nós que lembrar às nossas parceiras de viagem que uma das mais famosas do mundo se encontra em Leça da Palmeira e que o arquitecto, português, é um tal de Siza Vieira que ganhou, entre outros, o Pritzker.
Além das piscinas, dos locais de surf e de casas soberbas pela arquitectura e a localização privilegiada sobre o mar e as falésias, inúmeros clubes de bowling; sendo que aqui se pratica a primeira vertente do bowling, ou seja, na relva.
Entre Tamarama e Bronte, num cenário entre a paz e o abismo, encontra-se um cemitério. Cruzes celtas, romanas ou de braços direitos, estátuas clássicas, colunas e esquadros maçónicos, ao quais se juntam nomes irlandeses, ingleses, italianos. Neste cemitérios tem-se a percepção que vieram e construiram a Áustralia: vindo fugidos ou obrigados, de vários credos e meios sociais, tendo em comum o desejo de deixar uma vida para trás e iniciar outra.
Este foi o último dia em Sidney porque amanhã de manhã vamos viajar para a zona centro do país, para Ayeres Rock e Uluru.
Sidney é uma cidade fantástica, tendo como grandes polos de atracção a Ópera e a ponte, sendo que fica tudo muito próximo.
Falar de Sidney é falar do mundo novo versos o mundo velho; é Londres versus Nova Iorque; é Lisboa versus Rio de Janeiro. É uma cidade vibrante que não consegue - nem quer - esconder a sua influência materna mas que, pelos edifícios, pelas pessoas, aponta claramente para a contemporaneidade, de uma forma muito cosmopolita e de mente aberta.
Uma rocha que era o destino de prisioneiros ingleses transformou-se na grande nação que é hoje.
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